quinta-feira, 13 de junho de 2013

O NOSSO VILAREJO ENTRE NOS ANOS 20 .....

     A partir de 1916, após a Guerra do Contestado, Bela Vista do Toldo passou a ser comandada por coronéis da região, os mesmos da cidade sede, Canoinhas .Podendo então se afirmar que:"Já não existiam "Toldos",nem "índios",mas o "caboclo" que juntamente com outros imigrantes,desbravaram e formaram este povoado".

ASSIM SURGIU BELA VISTA DO TOLDO...

     Esta foto é uma das poucas relíquias da nossa história,segundo relatos do Sr. Ivo Kuchler datada de 1886, onde aparecem um amansador de Índios com alguns dos nossos primeiros moradores, os índios Xokleng . 
    Os "amansadores de índios ",  termo usado  para denominar pessoas que eram pagas pelos governos da época para  escravizar os indígenas e obriga los  a ajudar na abertura de carreiros nas matas, levando ao desbravamento de vastas áreas que foram doadas aos grupos de colonizadores que estavam chegando com os imigrantes ao Brasil, ou a pessoas que lutavam em revoltas populares em favor dos coronelismo vigente da época, entre as revoltas podemos destacar a revolta Federalista e a do Contestado.   

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O objetivo deste blog está em transmitir um pouco da história do nosso povo ,que nem sempre é lembrado .

A voz de um povo e os interesses da nação retratados nos 100 anos da Guerra do Contestado.

A voz de um povo e os interesses da nação retratados nos 100 anos da Guerra do Contestado.

No início do século XX, a região que corresponde aos limites dos estados de Paraná e Santa Catarina encontrava-se em constante transformação, ficando evidente a disputa da região por ambos os estados. Nesse contexto temos a extensa faixa de terras cedida pelo governo brasileiro a companhia norte americana Brazil Railway Company , no centro da qual seria construída a ferrovia São Paulo- Rio Grande do Sul, desalojando assim centenas de famílias caboclas à força.
Posteriormente, temos a atuação da madeireira Southern Brazil Lumber & Colonization que instalou-se na região e através de mão-de-obra semiescrava explorou a biodiversidade local. Em 1906 após o término da obra, oito mil homens foram dispensados sem nenhuma assistência ou auxílio. Todo esse cenário de desigualdade propiciou o surgimento movimentos messiânicos representados pela figura de monges que prometiam o alivio divino de males e injustiças.
A medida que esses guias espirituais ganhavam seguidores e formavam refúgios, coronéis e demais poderosos sentiam-se ameaçados, buscaram assim reprimir o movimento.Recorreram então ao exército da República, sob alegação de que os revoltosos buscavam o retorno da Monarquia. A partir de 1912, eclodiram diversos conflitos armados entre exército brasileiro, liderados por João Gualberto e “fanáticos”,seguidores do monge José Maria.





Estação de Calmon (SC), construída segundo a planta padrão utilizada em toda a região do Contestado.
Foto do livro Trem de Ferro: a ferrovia na guerra do Contestado

Após a morte em batalha, de seu líder, o movimento revoltoso ganhou mais adeptos, o que resultou em diversas investidas militares mal sucedidas. Em 1914, sete mil militares liderados pelo General Setembrino de Carvalho atacaram implacavelmente os redutos fanáticos, matando homens, mulheres e crianças, situação essa que perdurou-se até 1916. Como resultado imediato da agora nomeada “Guerra do Contestado” registraram-se 9 mil casas destruídas e 20 mil pessoas mortas.
Ao analisarmos o Contestado em todos os seus aspectos, percebemos o
impacto deixado pela guerra em uma população e região, entre os quais podemos destacar prejuízos econômicos, sociais e ambientais.Outra característica marcante que persiste na atualidade é a religiosidade ou misticismo, que transforma particularmente todos que na região contestada habitam.
Por meio de lendas, rezas, monumentos e cavalgadas percebe-se que a Guerra do Contestado permanece viva na memória e no cotidiano de seus residentes, que buscam relembrar a coragem de pessoas que lutaram contra injustiças em busca de seus ideais.

Epígrafe
"O poder sobre o território se faz com as relações, as vontades, as paixões, as vidas, a construção social, com cidadania - os poderes não parecem ter mudado muito nas terras das araucárias tombadas."
O Contestado O território silenciado (2009)- Nilson Cesar Fraga

Ferrovia SP-RS leva consigo oportunidades econômicas e grande parte de nossa história.


Uma figura de importante destaque no contexto do Contestado foi a estrada de ferro São Paulo-Rio Grande do Sul, que tinha por objetivo o transporte de mercadorias. Em sua construção a ferrovia empregou centenas de trabalhadores, que ao termino das obras encontravam-se totalmente desamparados. Outra característica foi a devastação ambiental ocorrida após a conclusão das obras, já que grande parte da floresta foi explorada.
Esses fatos mostram a grande quantidade de recursos naturais e humanos utilizados na ferrovia, entretanto ao analisarmos a estado atual em que ela se encontra, percebemos seu abandono. Nesse contexto enfatiza-se a necessidade da restauração dos ramais ferroviários, para que possam revigorar a economia e a história local.


Estrada de Ferro - Estação Ferroviária em Três Barras -SC.




Conheça melhor os autores da reportagem

Professora Eliane Damaso da Silveira, juntamente com seus alunos Luis Claudio Damaso da Silveira, Régius Andrei Kachimareck e Ronaldo Mateus Schimboski.


Todos os participantes da olimpíada de história residem na cidade de Bela Vista do do Toldo - SC, na região do Contestado. A seguir mais detalhes sobre os mesmos:
Régius Andrei Kachimareck, 16 anos, cursando o 3º ano do ensino médio na instituição E.E.B. Estanislau Schumann estudando na mesma desde da pré-escola. Tem o xadrez como esporte preferido. Tem afinidade com as matérias de física e história. Futuramente, pretende concluir o curso de Técnico em Infonormática e após ingressar no curso superior de Ciência da Computação.
Ronaldo Mateus Schimboski, 16 anos, cursando o 3º ano do ensino médio na instituição E.E.B. Estanislau Schumann estudando na mesma desde da pré-escola. Tem como esportes preferidos futebol e natação. Pretende fazer o curso superior em Engenharia Civil.
Luis Claudio Damaso da Silveira, cursando o 3º ano do Ensino Médio na Escola E.E.B. Estanislau Schumann. Sempre teve grande interesse em história, utilizando ferramentas como livros, filmes e internet para se aprofundar no tema.
Professora Eliane Damaso da Silveira, licenciada na disciplina de História, trabalha na escola Estanislau Schumann há 25 anos, atualmente frequenta o curso de Geografia pela Plataforma Freire. Sua expectativa é de juntamente com seus alunos obter a classificação na 4ª Olimpíada de História, adquirindo mais conhecimento nesta área.
Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História

Ao transcorrer dessa importante competição que é a Olimpíada de História, tomamos conhecimento de fatos históricos e sociais de grande importância, que contribuem para nosso desenvolvimento pessoal e estudantil. Outra característica positiva é o estimulo da atividade em grupo, por meio dos debates e questionamentos existentes durante a resolução de atividades.
Entretanto,devemos dispor de quantidade significativa de tempo para realização de toda a prova, o que pode ocasionar respostas precipitadas.